Apoio
Deslocações
Considerando que parte dos participantes no 7ei_ea viajam do Brasil, de Portugal e de Moçambique, a Comissão organizadora adianta a seguinte informação:
viajar para Cabo Verde
O Governo de Cabo Verde disponibiliza um portal com todas as informações para viajantes internacionais e domésticos, que pode se acedido através da ligação https://travel.gov.cv/pt/inicio/. Existe também um Guia de Viagem com todas as informações, que pode ser descarregado em https://travel.gov.cv/wp-content/uploads/2021/01/Guia-de-Viagens-Cabo-Verde.pdf
É preciso, nos 5 dias anteriores à viagem, fazer um Pré-Registo da Viagem, disponível aqui: https://www.ease.gov.cv
Relembramos que o Certificado de Vacinação Português já é aceite em Cabo Verde, deixando de ser exigido o teste negativo de PCR.
Para quem não tem a vacinação completa é necessário preencher uma Ficha de Vigilância Sanitária – ter um teste negativo de PCR ou antigénios.
melhores rotas de viagem aérea para Cabo Verde
Deve considerar-se como destino o aeroporto de São Vicente (VXE).
No presente não existem viagens de Moçambique e do Brasil directamente para Cabo Verde. Por isso o mais habitual é a viagem ser feita destes dois países para Lisboa (PT) e daí para São Vicente, num voo diário de ida (TAP 10h55 > 13h10) e de volta (TAP 07h00 > 12h55). Aconselhamos as pessoas a estarem em Cabo Verde no dia 3 de outubro e programarem o regresso no dia 10 de outubro.
Aconselha-se a compra de bilhetes com a brevidade possível, para se encontrarem melhores preços. Há muitas plataformas na internet que fornecem boas soluções de viagem.
Alojamento
A Comissão Organizadora está a acordar com a Residencial Che Guevara boas condições de estadia, rondando os preços por dia por quarto duplo os 50 euros. Poderemos entremediar nas reservas.
Na cidade do Mindelo, Cabo Verde, uma equipa dará apoio local à acomodação dos participantes, organizando o acolhimento no Aeroporto Internacional de Cesária Évora e o transporte para a cidade.
A Comissão organizadora prestará de modo continuado apoio a quem o requisitar — i2ads@fba.up.pt (colocando no assunto = 7ei_ea, pedido de apoio)
Conheça Mindelo
Difícil escrever sobre a ilha de São Vicente – Cabo Verde, sem sentir a terra árida e fértil, o vento migrante que nos abraça constantemente, lembrando que há sempre beira mar, o seu povo gentil e de conhecida morabeza.
A ilha foi a última a ver consolidada o seu povoamento, tendo sido a indústria carvoeira a contrariar a hostilidade do território com a dinâmica comercial criada com o Porto Grande. Com interferência de todo o Atlântico, este portal aberto viria a marcar toda a cultura e cosmovisão das pessoas na ilha. Hoje se respira uma positiva atmosfera cosmopolita partilhada pelas suas gentes hospitaleiras. O clima ameno, pautado por uma temperatura suave de dia e de noite, facilita o encontro com o seu património urbano de influência pombalina, de ausência de monumentalidade, mas de um equilibrado traçado arquitetónico, com bons exemplares de sobrados e de edifícios públicos, onde se instala uma vida cultural intensa.
A crise da sociedade escravocrata nas ilhas gerou uma circunstância de governação diferenciada. A ocupação de uma população mestiça autóctone, mais escolarizada formou a elite política que veio a construir Cabo Verde após a independência em 1975. Essa emancipação por via da educação tem como base São Vicente, onde já tinha sido criado um Liceu laico e público. Estas elites conquistaram um direito de educação charneira no território desde a ainda colónia: incendiando as mentes do fundamento da cabo-verdianidade e a posteriores forças de luta pela independência. Nesta nova configuração surgem os intelectuais que forjaram ideias em torno da identificação crioula, dando voz aos anteriores desejos nativistas, e no próprio Liceu aos regionalistas (marcados pelo movimento cultural dos Claridosos) e aos nacionalistas. É em 1975 que se libertam do domínio colonial português e que rebentam outros movimentos culturais e artísticos. Sempre conectados com a educação, surgem em São Vicente dois centros educativos e culturais que, com ação nas várias ilhas, marcam todo o pensar/fazer artístico a partir das raízes da cultura popular, o Centro Nacional de Artesanato e o Atelier Mar.
Hoje na ilha, chegando para conhecer, é possível através de percursos pedestres e roteiros de economia solidária, subir aos vulcões adormecidos, refrescar-se no mar e, através da sua música, da gastronomia, do crioulo, da literatura, do sentido de família e de pertença identitária, compreender a visível impregnação africana e europeia. Revelando-se a presença da tradição na modernidade, Mindelo é a sua cidade, uma cidade que se reinventa e luta das zonas informais até ao centro, virada para o futuro, acolhedora, e singular espaço de criatividade desde a sua fundação.
Mais informações: https://www.turismo.cv/page/sao-vicente